Um dos usos do monitoramento seria para flagrar crimes dentro dos coletivos; além disso, o reconhecimento facial ajuda para cumprir mandados de prisões
O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel César Augusto Roveri, afirmou que quer expandir o Programa Vigia Mais MT e que o próximo passo vai ser colocar câmeras de monitoramento também no transporte coletivo da Baixada Cuiabana.

Atualmente, segundo Roveri, Mato Grosso tem 13.200 câmeras do programa instaladas em todo o estado, sejam em vias públicas, rodoviárias, aeroportos e até shoppings centers. O próximo passo é integrar o transporte público, como ônibus e, futuramente, o BRT (Bus Rapid Transit).
“Nós queremos instalar câmeras com reconhecimento facial dentro do transporte público, de toda a Baixada Cuiabana, inicialmente, e obviamente que isso vai trazer uma sensação de segurança melhor”, afirma o secretário.
Um dos usos do monitoramento seria para flagrar crimes dentro dos coletivos. Além disso, o reconhecimento facial ajuda a cumprir mandados de prisões. “Se entrou uma pessoa que está com um mandado de prisão em aberto, obviamente ela vai ser reconhecida. E, na primeira parada, uma viatura policial vai estar lá esperando para abordar esse cidadão e fazer a sua prisão”, destaca.
“É uma grande plataforma com uma única base de dados, fazendo realmente uma muralha digital no Estado e dando a oportunidade para que nós nos antecipemos e façamos a prevenção e a solução de crise”, acrescenta.
Ainda não há informações sobre quando o sistema deverá entrar em funcionamento no estado.
O programa
O programa Vigia Mais MT foi lançado há dois anos. A vigilância eletrônica funciona 24 horas por dia em áreas comuns das unidades, como corredores, pátios e muros, contribuindo para a segurança de professores, alunos, servidores e da comunidade escolar em geral. Somente em Cuiabá, já foram firmados mais de 80 termos de cooperação com entidades privadas de diversos segmentos, como condomínios, unidades educacionais, bares, restaurantes e empresas do setor rural.
Cuiabá foi escolhida para receber o teste de conceito da tecnologia de reconhecimento facial do programa. O sistema foi implementado na Arena Pantanal e, em cerca de um ano, possibilitou a prisão de mais de 25 foragidos da Justiça.
Criado para aliar tecnologia às ações da segurança pública, o programa previa, inicialmente, a entrega de 15 mil câmeras para os 142 municípios de Mato Grosso e outros entes públicos e privados, que manifestassem interesse de tornarem parceiros do Estado no monitoramento de ruas, avenidas, praças e outros espaços de interesse público e coletivo.
As imagens captadas são conectadas ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que funciona como o ‘cérebro’ do programa. Os critérios para definição do número de câmeras destinadas a cada município levam em conta a população, renda per capita e os índices criminais. Já os pontos de instalação são definidos a partir de estudo e análises de dados criminais, e planos de ações estratégicas feitos pelos órgãos de segurança pública – Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.


