
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Primavera do Leste, deflagrou nesta sexta-feira (29) a segunda fase da “Operação Sentinelas”, para cumprir 70 ordens judiciais, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa fortemente estruturada, responsável pelo tráfico de drogas, associação criminosa e pelo monitoramento das forças de segurança na região.
São cumpridos na operação, 20 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e
apreensão domiciliar, e 15 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo o uso de
monitoramento eletrônico (tornozeleira). As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara
Criminal de Primavera do Leste contra alvos residentes no município.
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 15 de julho, quando diversos integrantes da facção criminosa foram alvos de mandados judiciais, após investigações conduzidas pela Derf de Primavera do Leste que revelarem a existência de uma estrutura criminosa local com vínculo direto com a facção criminosa, responsável por fomentar o tráfico de drogas e exercer vigilância sistemática sobre regiões estratégicas da cidade, com o objetivo de impor domínio territorial.
Origem das investigações
O trabalho investigativo teve início em novembro de 2024, após a deflagração da Operação
Dupla Aliança, quando foram apreendidos celulares e outros elementos que revelaram a
existência de um grupo criminoso organizado voltado para o tráfico de drogas em Primavera do Leste.
Com o avanço das investigações, foi possível identificar um grupo criminoso com mais de 70 integrantes, que atuava de forma estruturada e hierarquizada para coordenar pontos de venda de drogas, conhecidos como “lojinhas”; gerenciar a distribuição de entorpecentes; cobrar taxas dos traficantes locais; manter o controle territorial; e monitorar em tempo real as ações das forças de segurança pública, funcionando como “olheiros do tráfico”.
As análises dos celulares revelaram o uso de linguagens típicas, registros internos de
membros da facção, além de práticas de evasão como a destruição de celulares em caso de
serem abordados.
Dentre os integrantes do grupo criminoso identificados, 36 foram qualificados atuando de
forma ordenada e organizada para administrar pontos de venda de drogas, cobrar taxas de
traficantes (lojistas), distribuir entorpecentes, grande parte deles com extensas fichas
criminais.


