
O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, afirmou que a previsão de receita de R$ 39,8 bilhões para 2026, estabelecida no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), segue uma política conservadora que tem permitido ao Estado manter alto nível de
investimentos.
A declaração foi uma resposta às críticas de deputados estaduais, que apontam que o
orçamento estaria subestimado.
Nos últimos dias, o deputado Júlio Campos (União) questionou a estimativa, afirmando que ela é inferior à arrecadação já registrada em 2025, que ultrapassou R$ 40 bilhões em julho e pode chegar a R$ 50 bilhões até dezembro. Segundo o parlamentar, a prática dá margem ao Executivo para remanejar recursos sem a necessidade de aval legislativo.
Para Gallo, a estratégia de projetar a receita de forma cautelosa é responsável pelo saldo
positivo que o Estado vem apresentando nas contas e pela capacidade de financiar obras e
ações de impacto direto na vida da população.
“Nós sempre somos conservadores e é uma fórmula que tem dado certo. Mato Grosso tem
investido 20%, fez a BR-163, construiu quatro hospitais, o Hospital Central e mil quilômetros de rodovias por ano. Essa fórmula tem garantido que sobre dinheiro para fazer o que o cidadão quer: investimento”, afirmou.
A estimativa do PLDO considera o desempenho econômico do Estado, a conjuntura nacional e internacional e a evolução de tributos como o ICMS, principal fonte de receita de Mato Grosso.
O texto também prevê R$ 5,5 bilhões em investimentos, a Revisão Geral Anual (RGA) de 4,56% para os servidores e uma renúncia fiscal de cerca de R$ 11 bilhões.


