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    Comandante afasta PMs que teriam ocultado arma usada em morte de Nery

    Os quatro terão o fardamento e apetrechos recolhidos; decisão foi publicada no Diário Oficial que circulou nessa quinta

    O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), tenente-coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, determinou afastamento dos policiais militares Jorge Rodrigo Martins, Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros e Wekcerlley Benevides de Oliveira – investigados pelo suposto envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, em julho do ano passado. A decisão foi publicada no Diário Oficial que circulou nessa quinta-feira (24).

    Conforme a publicação, os quatro terão o fardamento e apetrechos recolhidos. A determinação se baseou na decisão da 11ª Vara Criminal, no qual foram determinadas outras medidas cautelares, como a retirada do porte de armas.

    Os policiais tinham sido presos durante a Operação Office Crimes: A Outra Face, em março deste ano, e soltos em maio, após um pedido de habeas corpus. As investigações apuraram que os militares teriam orquestrado um confronto entre criminosos e a Polícia Militar, ocasião em que foi encontrada a arma utilizada no assassinato do advogado.

    A suposta ocorrência foi registrada sete dias depois do homicídio. Essa investigação tramitou de forma distinta e simultânea com o inquérito sobre o homicídio de Renato Nery. Ao contrário da versão apresentada pelos militares, de que os suspeitos abordados na ocorrência faziam uso de arma de fogo, constatou-se que aquelas pessoas não estavam armadas na ocasião.

    A investigação apurou, com base em exames periciais e outras provas, que as armas apresentadas pelos militares foram colocadas na cena do crime depois do suposto confronto. Os quatro envolvidos foram inquiridos mais de uma vez sobre a ligação da arma com o homicídio do advogado, mas reservaram-se no direito ao silêncio.

    Vale lembrar que, até o momento, não há indícios de participação direta dos demais militares na execução do homicídio do advogado. O inquérito sobre o confronto aponta o envolvimento dos quatro no sentido de ocultar a impunidade do crime anterior, pelo fato do grupo ter dispensado a arma de fogo usada no homicídio de Renato Nery.

    O homicídio

    Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho de 2024, na frente de seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.

    Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.

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