Somente o deputado federal Emanuelzinho (MDB), vice-líder do Governo Lula (PT), votou contra
Com 311 votos favoráveis, 163 contrários e sete abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) o regime de urgência para o PL da Anistia. Da bancada de Mato Grosso, somente o deputado federal Emanuelzinho (MDB), vice-líder do Governo Lula (PT), votou contra.
Cumprindo compromisso assumido publicamente, Fabio Garcia (União Brasil) deixou a chefia da Casa Civil e reassumiu o mandato de deputado federal para votar a favor da anistia para os presos do 08 de janeiro de 2023. Com isso, a suplente Gisela Simona (União Brasil) deixou o cargo e não participou da votação.

Os demais integrantes da bancada – Coronel Assis (União Brasil), Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL), Juarez Costa (MDB), Nelson Barbudo (PL) e Rodrigo da Zaeli (PL) – votaram favoráveis à matéria.
Nas redes sociais, Fabio Garcia comemorou a aprovação. Segundo ele, o voto favorável garante justiça ao brasileiros que receberam penas desproporcionais.
“Esse é o primeiro passo para que possamos votar o mérito e garantir justiça a milhares de brasileiros que receberam penas desproporcionais. Cumpri o compromisso que firmei com o povo de Mato Grosso: reassumir o mandato e estar presente em cada etapa necessária para que a Anistia avance. Seguiremos juntos até a aprovação final, sempre honrando a confiança dos mato-grossenses que represento e defendendo a liberdade e a justiça”, postou.
Já Coronel Fernanda destacou os 2 anos de mobilização pela anistia. Além disso, prometeu seguir firma até aprovação final.
“Depois de 2 anos de muita luta, conseguimos aprovar no Plenário a urgência da Anistia! Essa é mais uma vitória da mobilização de todos que não desistiram dessa causa”, disse.
A partir de agora, a proposta que busca perdoar judicialmente condenados e investigados desde outubro de 2022, incluindo os atos de 8 de janeiro de 2023, passa a tramitar de forma mais rápida na Casa Legislativa.
O projeto é de autoria do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). No entanto, ainda não há texto fechado, que deve ser mudado futuramente pelo relator que ainda será indicado por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa, já nesta quinta-feira (18).
Ao anunciar a decisão de pautar a anistia por meio das redes sociais, Hugo Motta afirmou que “o Brasil precisa de pacificação e de um futuro construído em bases de diálogo e respeito” e que “o país precisa andar”.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), contudo, lamentou a aprovação e disse não acreditar em uma tentativa de “pacificação” junto a parlamentares de oposição ao governo. (Com informações da CNN)


