Edna Sampaio é a 1ª mulher e a 6ª parlamentar a ter o seu mandato cassado pela Câmara de Cuiabá
O suplente da vereadora cassada Edna Sampaio (PT), Robinson Cireia (PT), irá tomar posse na Câmara Municipal de Cuiabá na terça-feira (11), às 9h. Ele foi convocado após a cassação da petista por apropriação verba indenizatória (VI) da sua ex-chefe de gabinete Laura Abreu.
Está é a segunda vez que Cireia ocupa a cadeira de vereador. A primeira foi no ano passado, quando a petista foi cassada pela primeira vez. Cireia reforça que o sentimento de tomar posse após uma cassação não é agradável, mas que irá fazer o que tem que ser feito.
“Vou tomar posse com o mesmo sentimento de antes, não é agradável, não me sinto bem, mas vou fazer o que tem que ser feito. É uma situação ruim, mas vou assumir” disse Cireia.
Sindicalista ligado ao Sintep e a CUT, Cireia é da corrente petista O Trabalho, de orientação trotskista e considerada uma das mais radicais do partido. Em 2022, fez 927 votos e ficou na suplência do PT.
Na primeira vez em que ocupou a cadeira no Parlamento municipal, Cireia chegou a fazer mudanças no gabinete e trocou parte da equipe para dar espaço às pessoas que o ajudaram durante a campanha eleitoral.
Uma das primeiras a ser exonerada foi a chefe de gabinete da Edna, Neusa Batista, no dia 23 de outubro. Em seguida, o vereador exonerou mais sete servidores.
Desta vez, Cireia afirma que irá com “mais calma” porque ainda é tudo muito instável, uma vez que a vereadora Edna tem contestado a cassação e tentado na Justiça reaver o mandato.
“Vou fazer algumas mudanças, sim, mas vou bem devagar porque é tudo muito inseguro nesses primeiros dias”, explicou o vereador.
Edna foi cassada na manhã da última quinta-feira (6) por 19 votos a 1 e 5 ausências, pela mesma acusação de apropriação da VI da sua ex-chefe de gabinete. Logo após a votação, o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), declarou a perda do mandato e a comunicação à Justiça Eleitoral.
Edna é a 1ª mulher e a 6ª parlamentar a ter o seu mandato cassado pela Câmara de Cuiabá. A petista entra em uma lista de ex-parlamentares que foram destituídos da função por condutas inadequadas, antiéticas ou ilegais ao exercício do mandato como: assassinato, crimes de corrupção e até relação sexual com adolescentes.


