Um vereador e mais três servidores da Câmara são alvos da Operação que investiga supostos crimes de lavagem de dinheiro do CV em casas noturnas
O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), alega desconhecer que exista tentáculos de facções criminosas dentro do Legislativo Municipal. Ainda afirmou que ficou surpreso quando soube do possível envolvimento do vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) com o Comando Vermelho, conforme apontou a Operação Ragnatela.
A Operação Ragnatela foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (Ficco) contra facções criminosas em Mato Grosso nessa quarta-feira (05). A ação apura supostos crimes de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho com o uso de casas noturnas de Cuiabá.
O vereador foi alvo de busca e apreensão, suspeito de ser o responsável por fazer a interlocução com os agentes públicos que facilitariam o esquema, o que ele nega. Além do parlamentar, outros três servidores da Casa também foram alvos, inclusive foram presos na operação e acabaram exonerados.
Com o envolvimento do vereador e dos servidores, levantou-se a suspeita de que haveriam mais membros de organizações criminosas dentro de órgãos públicos. Sobre isso, o presidente da Câmara de Cuiabá afirmou que desconhece tal informação.
“Não posso afirmar isso e se eu fizesse seria leviano, primeiro porque eu não tenho proximidade com a facção e, com meus conhecimentos, não tenho proximidade com quem tenha envolvimento com essa facção. Para mim é surpresa esse envolvimento do vereador Paulo Henrique com organização criminosa”, disse Chico 2000, nessa quinta-feira (06).

Quem também se manifestou quanto ao tema, foi o vereador Sargento Vidal (MDB) informando que houve colegas que foram impedidos de entrar em alguns bairros da Xapital, o que nunca ocorreu com ele. Inclusive afirmou que não teme represálias do crime organizado, principalmente pelo fato de ser militar.
“Eu como policial nunca tive problema. Tenho conhecimento de alguns vereadores que tiveram problemas para entrarem nos bairros, não os deixaram entrar, talvez não tenham comentado, mas eu nunca tive problemas, entro em qualquer bairro. Se é milicia, quadrilha, se cometeu crime, sou contra e cabe ao Poder Público combater”, salientou.


