Reportagem do Fantástico mostra desdobramento do caso que chocou o estado; alvo principal nega ameaças a suspeitos preso
Oataque que vitimou os idosos Pilson Pereira da Silva, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 71 anos, no domingo (21), em Peixoto de Azevedo (a 691 km de Cuiabá), foi destaque do Programa Fantástico deste domingo (28) – assista aqui. Os dois mortos não tinham nenhum atrito contra o autores. O minerador Erneci Afonso Lavall, o Polaco, que seria o alvo principal dos atiradores, nega ameaças aos suspeitos do crime, relata como foi o atentado e pede por justiça.
Conforme a Polícia e as imagens das câmeras de segurança, o ato violento foi praticado por Inês Gemilaki, seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, seu companheiro Márcio Ferreira Gonçalves, e seu cunhado, Eder Gonçalves Rodrigues – todos foram presos na última terça-feira (23).
De acordo a investigação, a casa onde ocorreu o crime é de propriedade de Polaco, que teria alugado a casa para Inês no passado, porém, quando ela saiu do imóvel, teria deixado dívidas de aluguel e câmeras quebrad, além de outras avarias, totalizando um montante de R$ 60 mil.
Em conversa com a reportagem, o minerador conta que tentou cobrar a mulher na Justiça, mas perdeu o processo e, com isso, teria optado em não “esquentar a cabeça”. Ele alega, ainda, que nunca teria feito ameaças à Inês ou à família dela.

As imagens mostram que família e amigos reunidos, quando o bando armado invadem o local. Inês é a que aparenta ser a mais fria, atirando contra a vidraça e se engajando ao disparar contra as vítimas – as imagens mostram que ela chega a sorrir após matar um dos homens.
Na sequência, Inês aparece tentando matar Polaco, seu desafeto, mas a arma falhou. Logo após o crime, os criminosos deixaram o local e empreenderam em fuga. A ação dura cerca de dois minutos.
Horas antes do ataque, Inês Gemilaki e o marido foram até uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra o proprietário da residência. Ela disse que estava recebendo ameaçadas por causa da antiga dívida de aluguel. Questionada pela reportagem, a delegada Anna Marien disse que ainda não é possível saber a motivação do crime.
Polaco e sua família pedem justiça: “Que ela pague pelo que fez. Ela, os filhos dela, o marido dela, o irmão do marido dela”.
Outro lado
A advogada de Inês, Angelita Kemper, disse que sua cliente relatava que sofria inúmeras ameaças por conta da ação judicial, “ao ponto de culminar que pela outra parte ali não ter gostado da decisão do juiz de ser desfavorável a ele”. Segundo ela, Polaco “não aceitava que iria perder o valor.”.
Já a defesa de Bruno, filho de Inês, afirmou que requereu o tratamento psiquiátrico para o médico, o que foi deferido em sede de audiência de custódia. Já o advogado de Márcio Ferreira pediu a revogação da prisão preventiva e aguarda a decisão na justiça. O advogado do irmão dele, Éder Ferreira, foi procurado pela reportagem do Fantástico, mas não se posicionou.


