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    Juiz solta “Dono da quebrada” após alegação de problema no coração

    Magistrado também autorizou que Sebastião Lauze Queiroz de Amorim acompanhe o velório do irmão, João Bosco Queiroz Amorim, que também foi alvo da operação e morreu em confronto com a polícia

    O juiz Moacir Rogério Tortato, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, converteu de preventiva para domiciliar a prisão de Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, o “Dono da quebrada”. Ele foi um dos alvos da Operação Ludus Sordidos, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (GCCO/Draco) nessa quinta-feira (21). A ação mira na desarticulação da atuação de uma facção criminosa altamente estruturada envolvida em crimes diversificados, dentre eles, jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de capitais. Ao todo, foram emitidos 10 mandados de prisão preventiva. Um dos alvos morreu em confronto com a polícia e outro está foragido.

    Como já informado, a defesa de Lauze, que é presidente de um time de futebol amador de Cuiabá, alegou problemas de saúde para pedir a conversão da prisão. Os advogados informaram que Sebastião sofre de cardiopatia, diabetes e hipertensão, já passou por cateterismo e precisa de novo procedimento cirúrgico devido a uma veia entupida.

    Durante audiência de custódia, o magistrado entendeu que, por conta do problema de saúde, cárcere não se mostra o ambiente adequado. até que se encontre a melhor solução médica para o caso. “Assim, reconhece-se a necessidade de substituição da prisão preventiva, que permanece hígida, por prisão domiciliar, em razão da debilidade e da doença grave que acometem o custodiado”, diz trecho.

    Além disso, Sebastião foi autorizado a participar do velório do irmão, João Bosco Queiroz Amorim, que também foi alvo da operação e morreu em confronto com a Polícia Civil.

    A operação

    Segundo a Polícia Civil, além dos 10 mandados de prisão preventiva, foram emitidos oito de busca e apreensão, oito sequestros de imóveis, 12 sequestros e bloqueios de contas e valores no valor de mais de R$ 13,3 milhões.

    As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias da Capital e são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e em Nova Odessa (SP).

    As investigações iniciaram em dezembro de 2023, após a interrupção de uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. Na ocasião, integrantes de uma facção criminosa encerraram o encontro sob ameaças, em uma clara tentativa de demonstração de poder do grupo criminoso.

    A motivação dessa dissolução seria “política”, pois a irmã de um dos investigados era pré-candidata à vereadora e a reunião teria sido interpretada como um evento político, devido a presença de um secretário de Estado.

    A partir da ocorrência, foi instaurado inquérito policial na GCCO/Draco para apuração dos fatos e com avanço dos trabalhos investigativos foi possível identificar um grupo da facção criminosa estruturada para a prática de crimes na região do bairro Osmar Cabral, Jardim Liberdade e adjacentes.

    Os integrantes da facção criminosa ostentavam veículos de luxo e imóveis incompatíveis com renda lícita, como casas, prédios comerciais e galerias de lojas, sendo estes alvos de sequestro na operação, visando a recuperação de ativos e desarticulação do grupo criminoso. O grupo também contava com o uso de pessoas interpostas (laranjas) para aquisição de veículos, bem como recebimento de valores de origem ilícitas.

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