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    Prefeito busca reverter bloqueio de emendas Pix por falta de prestação de contas da gestão passada

    A Procuradoria Geral do Município já instaurou um processo administrativo para apurar a possível má destinação dos recursos e apresentar documentação que justifique os gastos

    A União bloqueou o envio de recursos provenientes de emendas parlamentares para Cuiabá, após gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não prestar contas de R$ 10,1 milhões em transferências diretas chamadas de Emendas Pix. Os recursos que geraram o bloqueio advêm de indicações dos deputados federais Emanuelzinho (MDB), Professora Rosa Neide (PT) e do senador Jayme Campos (União Brasil) Nesta terça-feira (05), o prefeito Abilio Brunini (PL) tenta reverter a situação em Brasília junto ao Congresso e ao Poder Judiciário. Atualmente há R$ 5,7 milhões bloqueados por conta da falta de transparência de emendas anteriores destinadas na gestão passada.

    A missão urgente levou o prefeito, na última segunda-feira (04), à Capital Federal para reverter a decisão da União e advém da falta de transparência na prestação de contas nos anos de 2024 e 2023. As irregularidades envolvem emendas dos deputados federais Emanuelzinho (R$ 4,3 milhões), Professora Rosa Neide (R$ 1,6 milhão) e do senador Jayme Campos (R$ 4,2 milhões), cujos valores foram depositados em conta específica de convênio, mas posteriormente transferidos para a Conta Única da Prefeitura — mecanismo central de movimentação financeira do Executivo municipal. O problema é que, ao serem unificados com os demais recursos, os valores perderam sua rastreabilidade, o que impossibilita comprovar sua destinação.

    O uso dessas emendas pode ter infringido a Emenda Constitucional 105/2019, que proíbe expressamente a aplicação de emendas parlamentares no pagamento de salários, encargos ou dívida pública. Segundo parecer técnico da Prefeitura de Cuiabá, não houve a abertura de crédito orçamentário específico para o uso das emendas, o que feriu os princípios de transparência, planejamento e vinculação legal.

    A Procuradoria Geral do Município já instaurou um processo administrativo para apurar a possível má destinação dos recursos e apresentar documentação que justifique os gastos. A situação ficou ainda mais delicada após a Justiça conceder uma liminar à Prefeitura, determinando o prazo de 30 dias para apresentação de prestação de contas — sob pena de impossibilitar o município de continuar recebendo transferências federais.

    Enquanto tenta reverter os efeitos do bloqueio, o prefeito também luta para garantir a liberação de R$ 5,7 milhões em emendas dos deputados federais José Medeiros e Nelson Barbudo, ambos do PL, que estão paralisadas devido ao impasse. Esses recursos são destinados a áreas estratégicas como saúde e tecnologia.

    “O que vemos aqui é um exemplo clássico de má gestão dos recursos públicos. Nossa equipe técnica está mobilizada e comprometida em corrigir essa distorção e garantir que a população cuiabana receba os benefícios de ações oriundas de recursos destinados pela bancada de Mato Grosso”, frisou o prefeito.

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