Mesmo tendo um dos maiores arcos de aliança para as eleições municipais deste ano, o candidato à Prefeitura de Cuiabá, Eduardo Botelho (União Brasil), não conseguiu avançar para o segundo turno. Segundo ele, houve um grande erro de estratégia ao ter confiado exclusivamente nos candidatos a vereador pela Capital, sem que sua equipe encapasse verdadeiramente nos bairros para pedir votos.
Em entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (9), Botelho fez um balanço da atuação, destacando que os vereadores acabaram fazendo campanha apenas para si próprio, o que certamente, enfraqueceu o “voto casado”, ou seja, quando o voto de vereador e prefeito estão alinhados
“Acho que o vereador preocupa em só levar o nome dele, então, é normal isso também. Problema é que nós fizemos a opção de só trabalhar como vereador […] O vereador se preocupa só com a campanha dele, nós ficamos sem presença nos bairros, acho que isso faltou”, argumentou.
Botelho era o líder nas pesquisas, mas o resultado das urnas foi diferente. Ele terminou atrás de Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT). “Eu acho que teve vários aspectos. Não trabalhamos com equipe nos bairros, trabalhamos só com vereadores. Acho que foi uma das coisas que erramos, porque nosso grupo fez 190 mil votos, e nós fizemos 88 mil, então, acredito que essa falta de presença com equipe, foi um erro que não deve ser repetido pelos próximos candidatos”, frisou.
Por fim, diante do cenário que se desenhou, com Abilio e Lúdio, Botelho afirmou que não ganharia de qualquer forma, visto que, a polarização entre esquerda e direita contaminou o pleito municipal: “Mas nós não ganharíamos do mesmo jeito, porque essa polarização entre esquerda e direita, no fim, prevaleceu”.


